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A CAMPANHA DA ITÁLIA - Tomada de Monte Castello

Publicado: Terça, 26 de Junho de 2018, 13h41 | Última atualização em Sábado, 03 de Junho de 2023, 10h34 | Acessos: 1812
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 Foto do Monte Castelo conquistado.

 

A 1ª DIE/FEB já havia tentado tomar o Monte Castello no fim de 1944.

Por três longos e penosos meses (de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945), foram efetuados nada menos de quatro ataques, acumulando cerca de 400 baixas, entre mortos e feridos.

 Na noite de 20 de fevereiro de 1945, 2 Batalhões do 1º RI ocuparam suas posições de ataque e a artilharia brasileira bombardeou os alemães posicionados na montanha dando início à mais uma  tentativa.

 Na manhã do dia 21, a 10ª de Montanha americana e a 1ª DIE/FEB atacaram simultaneamente Della Torracia e Monte Castello, objetivos a serem  conquistados sucessivamente.

O 1º RI lançou o seu ataque, tendo o 1º e 3º Batalhão em 1º escalão para tentar tomar o monte. Os alemães responderam com fogo cerrado e a artilharia brasileira revidou com o troco. O avanço foi interrompido.

Ao meio-dia, o General americano Mark Clark, comandante das operações na Frente Italiana, visitou o General Mascarenhas de Moraes e deu a ordem para o avanço continuar. Uma unidade americana tomou as alturas próximas para ajudar a subida dos brasileiros.

Perto das 14 horas, batedores relataram a chegada de reforços alemães que vieram de regiões próximas. Mesmo assim, as tropas brasileiras seguiram avançando e atacaram o penúltimo ponto antes de alcançar o cume do Monte Castelo.

Às 15h30, os combates diminuíram e uma relativa calma se impôs na montanha.

Às 16h20, a artilharia brasileira concentrou seu fogo sobre a montanha, e o cume se transformou numa grande cratera.

Sob uma chuva de morteiros nazistas, patrulhas brasileiras e alemãs se enfrentaram em combates corpo-a-corpo, usando submetralhadoras, pistolas e fuzis com baioneta.  Depois de uma jornada de árduos combates, as forças brasileiras, estimuladas pelos sentimentos de honra e de dignidade, silenciaram a defesa contendora. Ao cair da tarde no Monte Castelo, a Bandeira Brasileira tremulava.  O Tenente-Coronel brasileiro Emílio Rodrigues Franklin anuncia pelo rádio: “Castelo é nosso!”.

Esse feito heróico representava o resgate da dívida de sangue dos ataques fracassados que ceifaram tantas vidas.

A conquista do Monte serviu de estímulo para o prosseguimento das operações da FEB até a rendição incondicional de duas divisões adversárias.  Foram quase oito meses de combate em solo italiano e, no curso desse tempo, cerca de meia centena de vilas e cidades haviam sido libertadas. Monte Castello figura, nesse cenário, como símbolo maior de bravura, de amor à Pátria, de fé inquebrantável, de destemor e de capacidade de superação do incansável soldado brasileiro.

 

               

           

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