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PARTICIPAÇÃO DO BRASIL EM PROL DA PAZ MUNDIAL - ONU

Publicado: Terça, 26 de Junho de 2018, 13h41 | Última atualização em Sábado, 03 de Junho de 2023, 10h41 | Acessos: 3312
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1.UNEF I (Força de Emergência das Nações Unidas- Btl SUEZ) (1956)

A Força de Paz foi criada após a nacionalização do canal de SUEZ pelo presidente egípcio Gamal Abdel Nasser, em 26 de julho de 1956, o que levou à reação da França e do Reino Unido, administradores da região do canal, armando Israel para invadir a Península do Sinai.

A Força de Emergência da ONU começou suas atividades na região visando ao cessar-fogo entre as partes em conflito, sendo integrada por tropas do Canadá, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, Índia, Indonésia, Iugoslávia, Noruega e Suécia.

Foram enviadas tropas valor Batalhão do Exército Brasileiro, que ficaram estacionadas próximas à cidade de Rafah, tendo  instalado seu Quartel-General num antigo forte inglês nas imediações da Faixa de Gaza. Sua principal missão na região foi a de patrulhar as fronteiras da linha de demarcação entre árabes e israelenses e limpar os campos de minas no deserto subjacente.

O contingente passou por um revezamento de tropas de sete em sete meses, movimentando cerca de 6 mil homens (5.000 do Estado do Rio de Janeiro e 700 do Paraná, dentre outros Estados do Brasil) durante seus dez anos de presença no Sinai. Sete soldados brasileiros vieram a morrer entre 1957 e 1967. O retorno definitivo das forças ao Brasil se deu em 13 de junho de 1967, após a Guerra dos Seis Dias.

2.UNIMOZ (Operação das Nações Unidas em Moçambique) (1993)

A UNIMOZ (United Nations Operation in Mozambique) foi estabelecida para implementar o Acordo Geral de Paz, assinado em outubro de 1992 pelo Presidente da República de Moçambique e pelo Presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). O mandato incluía o monitoramento do cessar-fogo, a retirada de tropas estrangeiras, a segurança dos corredores de transporte e a verificação do processo eleitoral. 

De janeiro de 1993 a dezembro de 1994, o Brasil contribuiu para a missão com um total de 26 observadores militares, 67 observadores policiais militares, uma unidade médica e uma companhia de infantaria, composta de 170 militares.

3.UNAVEM III (Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola) (1995)

Estabelecida para ajudar o governo de Angola e a UNITA a restabelecer a paz e lograr a reconciliação nacional. Teve por base os Acordos de Paz para Angola, firmados em 31 de maio de 1991, o Protocolo de Lusaka, firmado em 20 de novembro de 1994 e as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

De agosto de 1995 a julho de 1997, o Brasil contribuiu com um Batalhão de Infantaria (800 homens), uma Companhia de Engenharia (200 homens), dois Postos de Saúde Avançados (40 oficiais de saúde, entre médicos, dentistas, farmacêuticos e auxiliares de saúde) e aproximadamente 40 oficiais do Estado-Maior para a UNAVEM III.

Durante todo o período da missão, o Brasil também contribuiu com uma média de 14 observadores militares e 11 observadores policiais. O Brasil chegou a ser o maior contribuinte de tropas para a Missão, que durante quase dois anos foi a maior operação de paz das Nações Unidas. A participação brasileira na UNAVEM III fez com que o Brasil ocupasse, no início de 1996, a posição de quarto maior contribuinte com tropas para operações de paz das Nações Unidas.

4.UNTAET (Administração Transitória das Nações Unidas no Timor Leste) (1999)

A participação em missões de paz trouxe prestígio à política externa do País, aumentando a projeção nacional no cenário mundial. Em várias situações, a coordenação e o comando das operações foram brasileiras, como ocorreu nas missões no Timor Leste (1999 a 2006).

Inicialmente, foram enviados observadores policiais e eleitorais para acompanhar o referendo da independência organizado pela ONU, em 1999. Com a eclosão desencadeada pelos ataques de milícias protegidas pela Indonésia, contrária à independência, foi criada uma força internacional que contou com a participação de brasileiros, e implantada a Administração Transitória para o Timor Leste, chefiada pelo embaixador brasileiro Sérgio Vieira de Mello.

 

Ano/Período

Operação

Efetivo

Descrição

Jun 99 / Abr 00

UNAMET

(Timor Leste)

7

O Brasil participou com oficiais de ligação na Missão das Nações Unidas no Timor Leste (UNAMET).

Set 99 / Out 99

INTERFET

(Timor Leste)

51

Força de Intervenção no Timor Leste (INTERFET) com o propósito de restaurar a paz e a segurança no Timor Leste, proteger e apoiar a UNAMET no desempenho de suas atividades e facilitar as operações de assistência humanitária.

O Brasil participou com um Pelotão de Polícia do Exército.

Out 99 / Mai 00

UNTAET

(Timor Leste)

349

A Administração Transitória das Nações Unidas no Timor Leste (UNTAET) foi criada em outubro de 1999. A participação do Exército Brasileiro foi representada com observadores militares, pessoal de Estado-Maior e um pelotão de Polícia do Exército com 51 militares (posteriormente foi aumentado para 70).

 5.MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti) (2004)           

A MINUSTAH (Mission des Nations Unies pour la Stabilisation en Haïti) foi criada por Resolução do Conselho de Segurança da ONU em fevereiro 2004. O objetivo era restabelecer a segurança e a normalidade após sucessivos episódios de turbulência política e violência que culminaram com a partida para o exílio do então presidente Jean Bertrand Aristide. Durante os 13 anos de duração da missão, o Brasil foi responsável pelo comando militar e  pela maior participação de tropas junto de outros 15 países.

 A MINUSTAH representa o principal marco da participação brasileira em operações de paz, assim como o maior emprego de forças militares pelo Brasil desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Um indiscutível sucesso da atuação brasileira que envolveu mais de 37 mil militares de nossas Forças Armadas, que por si só representou um grande feito, sendo motivo de orgulho dos brasileiros.

Durante o período que o Brasil esteve no Haiti, o país atravessou pelo menos três grandes catástrofes: furacão Mathew, causando cerca de 900 mortes; o terremoto, em 2010, que deixou mais de 200 mil mortos; e um  surto de cólera, matando mais de 4,5 mil pessoas. O papel dos brasileiros foi imprescindível na ajuda humanitária nesses eventos.

Em termos de Brasil, também foram muitas as lições aprendidas, as Forças Armadas brasileiras estão mais treinadas e capacitadas para assumir novos desafios, bem como adquiriram um preparo maior para a própria defesa do país, que é a nossa missão precípua.

             

 

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