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A CAMPANHA DO RIO GRANDE DO SUL

Publicado: Terça, 26 de Junho de 2018, 13h41 | Última atualização em Sexta, 02 de Junho de 2023, 23h44 | Acessos: 1410
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1. Combate de São Borja (10 Jun 1865)

Os paraguaios do Corpo de Exército do Coronel Estigarribia começam a atravessar o rio Uruguai, hostilizados por trezentos e tantos guardas nacionais ao mando do Tenente-Coronel Ferreira Guimarães. Sobre a vila de São Borja já marchavam dois mil soldados invasores, com quatro peças, dirigidos pelo Major López, quando acudiu o então Coronel João Manuel Mena Barreto, à frente do 1º Batalhão de Voluntários (da cidade do Rio de Janeiro).

As nossas forças, embora muito inferiores em número (800 homens, incluindo os Guardas Nacionais), conseguiram conter o inimigo, obrigando-o a retroceder para o Passo de São Borja. Mena Barreto cobriu a vila até a noite e deu, assim, tempo para que a população se retirasse. O 1º de Voluntários teve 36 mortos e feridos; a Guarda Nacional, 10. “À intrepidez do Coronel Mena Barreto e do 1º Batalhão de Voluntários (escreveu o Vigário de São Borja) devo eu, devem três quartas partes dos moradores de São Borja não termos caído prisioneiros dos paraguaios.” O inimigo só se animou a fazer a sua entrada na vila dois dias depois do combate.

O pânico se espalhou pela região. Soldados paraguaios percorreram os campos próximos, arrebanhando gado. Sem detença, Estigarribia marchou de São Borja para Itaqui, ocupada em 7 de julho, por oito dias, sem disparar um tiro.

Marchou para o sul, ao longo do rio Uruguai, seguido na outra margem por coluna menor, dirigida pelo Coronel paraguaio Pedro Duarte. Sem conhecer oposição, atravessou, entre outros, o rio Ibicuí e ocupou Uruguaiana, em 5 de agosto.

 

2. Rendição paraguaia de Uruguiana (18 Set 1865)

O Exército Aliado cercou Uruguaiana com um efetivo de 17.346 homens, sendo 12.393 brasileiros, 3.733 argentinos e 1.220 orientais. Comandava o Exército Brasileiro o General Barão (depois Conde) de Porto Alegre. Após o esmagamento da coluna do Major Pedro Duarte, no outro lado do rio, os soldados paraguaios ficaram encerrados em Uruguaiana, sem verem chegar reforços, após uma longa marcha, sob um inverno tenebroso, sem sapatos, barracas e agasalhos, os soldados paraguaios optaram por não morrer.

Renderam-se em 18 de setembro, 5.515 homens, entregando sete bandeiras e seis canhões, na presença do Imperador Dom Pedro II, dos generais Mitre, presidente da República Argentina, e Flores, governador provisório da república Oriental. Estavam também presentes o Marechal Conde d’Eu e o Almirante Duque de Saxe, o Duque de Caxias e o General Cabral (Barão de Itapagipe). A Esquadrilha Brasileira compunha-se de cinco vapores e duas chatas; nela estava o Almirante Tamandaré, Comandante em Chefe da Esquadra em Operações.

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