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A TOMADA DE HUMAITÁ

Publicado: Terça, 26 de Junho de 2018, 13h41 | Última atualização em Sábado, 03 de Junho de 2023, 10h23 | Acessos: 10663
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A Fortaleza de Humaitá controlava o acesso por via fluvial à capital do Paraguai, Assunção, sendo o maior complexo defensivo Paraguaio. Deteve o progresso das forças aliadas por quase dois anos entre 1866 e 1868, que permaneceram inativas, vitimadas pela insalubridade da região e pelos ataques paraguaios à sua vanguarda.

Somente a partir de 1867, sob a orientação do Marquês de Caxias, a posição foi flanqueada e isolada, o que foi conseguido pelas tropas aliadas com a conquista de Tuiu-Cuê, São Solano, Vila do Pilar e Tayi, às margens do Rio Paraguai, completando o Cerco de Humaitá por terra, cortando as comunicações entre Humaitá e Assunção. Os Paraguaios tentaram retomar a posição na Segunda Batalha de Tuiuti em Novembro, porém saíram derrotados em uma difícil vitória Aliada.

Após a passagem de Humaitá pela Marinha Imperial (19 de fevereiro de 1868), foi finalmente atacada pelas forças do 3º Corpo do Exército Brasileiro sob o comando do Marechal-de-Campo Manuel Luís Osório, rechaçadas nos ataques de 21 de março e de 16 de julho de 1868. Nesta última noite, o Marechal Osório atacou o Reduto de San Solano, ao norte de Humaitá, onde estavam dispostos 46 canhões manobrados por uma pequena guarnição sob o comando do Coronel Pedro Hermosa.

Na manhã de 25 de julho, a guarnição de Humaitá, comandada pelo coronel Martinez, tinha terminado a passagem para a Ponta Acaunguazu, no Chaco, ficaram em Humaitá alguns piquetes e duas bandeiras arvoradas, para que os sitiantes não suspeitassem que a praça estivesse deserta.

A primeira força aliada que entrou em Humaitá foi a 5ª divisão de Cavalaria brasileira, comandada pelo Coronel Câmara (depois marechal e visconde de Pelotas). Às 16h30, fez a sua entrada o Marechal Caxias. as Divisões dos Generais Machado Bittencourt e Rivas, que se achavam no Chaco, receberam o reforço de vários batalhões brasileiros, e a esquadra começou a metralhar o inimigo

As tropas paraguaias saídas de Humaitá entrincheiraram-se em Isla Poí, língua de terra, coberta de denso bosque e cortada de esteiros, entre a ponta da Acaunguazu, defronte de Humaitá, e a lagoa Verá. Na manhã de 26, começaram os combates e as abordagens com as canoas paraguaias, tendo sido lançados aí os primeiros escaleres da esquadra.

Além dos combates nas águas da Lagoa, houve constante tiroteio em terra e um ataque no dia 28. As Forças Aliadas, que cercavam o inimigo em Isla Poí, eram formadas de 12.000 homens (duas Divisões de Infantaria, um Corpo de Cavalaria, uma Brigada de Artilharia e um Batalhão de Engenharia) tendo sofrido cerca de 3.000 baixas e de 1.800 argentinos, comandados pelo General Rivas. O General Jacinto Machado Bittencourt comandava os brasileiros.

Os Paraguaios renderam-se em 5 de agosto, depois de 10 dias de resistência, 1.327 homens comandados pelo Coronel Francisco Martinez, além de espingardas e espadas, entregaram os rendidos seis peças e quatro bandeiras. Em Humaitá, o inimigo abandonou 182 canhões e com os seis entregues em Isla Poí, totalizando188.

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